As notícias do dia | 16 setembro 2024 - Tarde

Por que Thierry Breton se demitiu do cargo de comissário europeu?

Thierry Breton demitiu-se do cargo de comissário europeu para o mercado interno, atribuindo a sua decisão à pressão exercida por Ursula von der Leyen e à governação questionável da mesma.

De acordo com a sua carta de demissão, publicada nas redes sociais, Breton indicou que von der Leyen pressionou Paris a apresentar outro candidato para o novo Colégio de Comissários, oferecendo, em contrapartida, uma pasta mais influente.

Breton acusou a presidente da Comissão Europeia de agir por razões pessoais. Este alegado lobbying, segundo ele, fez com que concluísse não poder continuar no cargo.

A demissão de Breton coloca a França na posição de ter que nomear um novo candidato e priva o grupo Renew Europe de um dos seus mais destacados representantes. Isto pode ter implicações significativas para a formação do novo colégio de comissários, que se espera estar concluído até 1 de novembro.

Para entender mais sobre questões recentes na política europeia, recomenda-se a leitura do artigo Chipr e suas práticas migratórias.

O que sabemos sobre a tentativa de homicídio de Donald Trump?

No recente incidente de tentativa de homicídio de Donald Trump, os agentes dos serviços secretos avistaram um cano de espingarda entre os arbustos no seu campo de golfe na Flórida. O suposto criminoso abandonou a espingarda e fugiu quando um agente disparou. Mais tarde, a polícia do condado de Martin deteve um homem suspeito.

Este episódio segue-se a outro ataque em julho, onde Trump foi baleado durante um comício na Pensilvânia, embora a bala só lhe tenha ferido uma orelha. Joe Biden expressou alívio pelo ex-presidente estar ileso, enquanto Kamala Harris condenou a violência e manifestou satisfação pela segurança de Trump.

O FBI está a investigar o incidente mais recente. A campanha de Trump ainda não confirmou se os eventos futuros serão afetados. O próprio Trump declarou que nunca se renderá.

Para mais informações, ver a página dedicada às últimas notícias europeias.

Quais foram os impactos da tempestade Boris na Europa Central e Oriental?

• Inundações repentinas em várias regiões, provocando destruição significativa.
• Morte de pelo menos duas pessoas; uma na Polónia e outra na Áustria.
• Quatro pessoas desapareceram na Chequia.
• Evacuações em massa forçaram milhares de pessoas a deixar as suas casas, especialmente na região da Morava.
• Falta de eletricidade em muitas áreas afetadas.

A devastação levou as autoridades checas a descreverem as inundações como um evento que ocorre "uma vez por século". Na Polónia, mais de 1.600 pessoas foram retiradas da cidade de Kłódzko, necessitando de apoio militar.

O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, garantiu ajuda financeira às vítimas do clima extremo. Na Áustria, dezenas de municípios foram declarados zonas de desastre e foi emitido um alerta de defesa civil. A tempestade também resultou na morte de um bombeiro na Áustria enquanto respondia às inundações, ilustrando a gravidade da situação.

Como está a Alemanha a controlar as suas fronteiras terrestres?

A Alemanha iniciou um controle rigoroso nas suas fronteiras terrestres na tentativa de reduzir a migração irregular e mitigar ameaças terroristas. Esta medida surge num momento em que o cenário político do país está sob grande tensão, com eleições recentes a pressionarem o governo a mostrar ações concretas.

Os postos de controle estão especialmente ativos nas regiões norte e oeste do país, gerando expectativas de filas e longos tempos de espera para transportes e passageiros. Segundo um especialista em migração, tais medidas visam sinalizar aos eleitores que a Alemanha está a retomar o controle das suas fronteiras.

"Com as eleições anteriores e as eleições recentes, é muito importante o sinal político", destacou o especialista.

No entanto, a opinião pública está dividida. Alguns cidadãos acreditam que a migração não é o problema real, mas sim a integração dos migrantes no país. Outros denunciam a decisão como um movimento populista destinado a dividir a sociedade.

Apesar da medida estar planeada para durar seis meses, há preocupações sobre a necessidade de mais recursos e pessoas para efetivar os controles. Além disso, existe uma percepção de que esses controles podem não atingir os grandes responsáveis pelo tráfico humano.

Para mais contexto sobre estas medidas e o cenário político na Europa, podes explorar como a Alemanha está a responder às eleições autárquicas e à situação política do país.

Quais são os desafios enfrentados por Marrocos e Espanha na fronteira de Ceuta?

Marrocos e Espanha enfrentam enormes desafios na fronteira de Ceuta. Recentemente, centenas de migrantes, incentivados por apelos nas redes sociais, tentaram entrar no enclave espanhol, provocando tensões no local.

No domingo, a polícia marroquina conseguiu impedir a invasão de migrantes, que eram principalmente marroquinos, mas também incluíam pessoas de outros países africanos.

Ceuta e Melila, os únicos enclaves terrestres da União Europeia em África, são frequentemente alvo de tentativas de migração. Os dois países têm trabalhado em conjunto para reforçar a cooperação no combate à migração ilegal.

Marrocos bloqueou mais de 11 mil tentativas de passagem para Ceuta e 3 mil para Melila em agosto. Contudo, a rota mais popular para os migrantes que esperam chegar a Espanha é por mar, com mais de 22 mil chegadas às Ilhas Canárias no mesmo período, um aumento de 126% em relação ao ano passado.

Para ajudar a gerir esta crise, o governo espanhol destinou 50 milhões de euros às Ilhas Canárias. As tensões em torno da fronteira entre Polónia e Bielorrússia são outro ponto crítico que reflete os desafios migratórios na Europa.