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Radical, populista, extremista, nacionalista: como é que devemos falar da extrema-direita?

Descobre as diferenças cruciais entre os grupos mais à direita do Parlamento Europeu e como são classificados.

Euronews em PortuguêsEuronews em PortuguêsOctober 18, 2024

This article was AI-generated based on this episode

O que é a extrema-direita no Parlamento Europeu?

No contexto do Parlamento Europeu, a extrema-direita representa uma ideologia que se caracteriza por posições nacionalistas e muitas vezes eurocéticas.

Estes partidos promovem frequentemente um discurso autoritário, que enfatiza a importância da segurança e da ordem. Além disso, a extrema-direita tende a mostrar uma forte preferência pelo nativismo, defendendo políticas que priorizem os cidadãos nativos em detrimento dos imigrantes.

Alguns partidos, embora considerados de extrema-direita nos debates académicos, rejeitam este rótulo, como se observa na Alemanha e na Áustria, onde partidos similares têm ganho terreno.

Esta categoria ideológica está também, muitas vezes, associada ao populismo na política europeia, onde se opõe uma elite vista como corrupta a um povo inerentemente puro. As suas políticas distinguem-se pela rejeição de valores democráticos tradicionais e pela crítica às instituições comunitárias.

Esta ascensão não é isolada e reflete-se noutras constatações significativas no cenário político europeu.

Como se distinguem os grupos de direita no Parlamento Europeu?

  • Patriotas pela Europa: Este grupo é conhecido por adotar uma abordagem nacionalista e eurocética, muitas vezes associado a discursos mais autoritários. Eles promovem políticas que priorizam os interesses nacionais sobre os comunitários.

  • Conservadores e Reformistas Europeus: Este grupo inclui partidos que advogam por um equilíbrio entre conservação e reformismo. Eles destacam-se pelo desejo de reformar a União Europeia, respeitando tradições nacionais e promovendo políticas conservadoras e de mercado.

  • Europa das Nações Soberanas: O mais pequeno e mais recente grupo parlamentar. Está fortemente influenciado pelo partido Alternativa para a Alemanha. Este grupo é conhecido pela sua postura nativista e pela rejeição de várias normas democráticas tradicionais, sendo frequentemente rotulado como iliberal.

O que caracteriza o populismo e o iliberalismo?

O populismo apresenta uma visão simplista da sociedade, dividindo-a entre uma elite corrupta e um povo puro e homogéneo. Esta ideologia apela frequentemente ao descontentamento popular, aproveitando-se das perceções de injustiça social.

Nos grupos de direita do Parlamento Europeu, os partidos populistas geralmente adotam uma retórica intensa, caracterizada pela crítica à elite política e pela promoção de políticas que supostamente representam "a voz do povo".

Por outro lado, o iliberalismo refere-se à rejeição de normas democráticas estabelecidas, como a independência judicial e as liberdades individuais.

Esta tendência é visível em partidos que desafiam os princípios do Estado de Direito e defendem a soberania nacional em detrimento da cooperação internacional. Tal postura iliberal é frequentemente associada a ideias nacionalistas e autoritárias que buscam redefinir as regras da democracia tradicional em nome da preservação cultural e de identidade nacional.

Quais são os traços comuns entre estes grupos?

  1. Nacionalismo: Considerados tradicionalistas, promovem a identidade nacional e valorizam a soberania do país acima de tudo.

  2. Soberanismo: Defendem a autonomia dos Estados-membros, resistindo à centralização de poder na União Europeia.

  3. Conservadorismo: Priorizam políticas que respeitam valores tradicionais e sociais. Exibem resistência contra reformas que percebam como ameaças às tradições.

  4. Euroceticismo: Criticam abertamente a União Europeia e favorecem políticas que diminuam a sua influência.

Estes traços são fortemente interligados, formando uma base ideológica comum.

Por que razão rejeitam o rótulo de extrema-direita?

Muitos partidos desafiam o rótulo de extrema-direita, alegando que tal designação é uma simplificação injusta da sua posição política. Defendem que as suas ideologias são baseadas na defesa da soberania nacional e na busca por reformas dentro da Europa, não em extremismo.

Um representante salientou: "As nossas políticas focam-se em proteger os nossos cidadãos e a nossa cultura. Rotular-nos como extrema-direita ignora as nuances e a legitimidade das nossas preocupações."

Ainda, outro partido argumenta que o termo "extrema-direita" é frequentemente utilizado para desqualificar posições legítimas, afastando o diálogo construtivo com cidadãos preocupados com a direção da União Europeia.

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