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Soldados-sombra: o Líbano tem um exército, mas porque é que não participa no conflito com Isr…

Exploramos as razões complexas por trás da ausência do exército libanês no conflito com Israel e Hezbollah.

Euronews em PortuguêsEuronews em PortuguêsSeptember 27, 2024

This article was AI-generated based on this episode

O Líbano tem um exército?

O Líbano possui, de facto, um exército. Este é composto por várias unidades de soldados que respondem às instruções do governo libanês. No entanto, a eficácia e autoridade deste exército são frequentemente limitadas por divisões internas no próprio governo.

A estrutura do exército libanês é organizada em várias brigadas e regimentos, cada qual com suas próprias funções e responsabilidades. No contexto nacional, a sua principal tarefa é garantir a segurança e a estabilidade interna. Por sua vez, em termos regionais, assumem um papel mais defensivo, especialmente devido às complexas relações geopolíticas com países vizinhos como Israel e Síria.

Apesar disso, as forças armadas do Líbano enfrentam desafios políticos e militares significativos. O conflito Israel-Hezbollah, por exemplo, complica ainda mais a função do exército, fazendo com que muitas vezes optem por uma posição de neutralidade ou de retirada estratégica.

Por que o exército libanês não atua no conflito?

O exército libanês não participa diretamente no conflito com Israel por múltiplas e complexas razões.

Primeiramente, há significativas divisões internas no governo libanês, que dificultam uma tomada de posição coesa. Essas divisões políticas refletem-se nas políticas de defesa e segurança, fazendo com que o exército adote uma postura de neutralidade.

Adicionalmente, a situação política do Líbano é extremamente volátil. O Hezbollah, um grupo armado e político poderoso, complica ainda mais a situação. O exército libanês muitas vezes evita confrontos diretos com o Hezbollah para prevenir uma escalada interna que poderia desestabilizar o país.

Outro fator crucial é a presença da FINUL (Força Interina das Nações Unidas no Líbano). A missão da FINUL é apoiar o exército libanês e assegurar a implementação da Resolução 1701 da ONU, que inclui o desarmamento de grupos armados para manter a estabilidade. Isso reduz a necessidade de uma intervenção direta pelo exército libanês.

Estas complexidades políticas e estratégicas fazem com que o exército opte por uma retirada estratégica ou a manutenção de uma posição neutral, em vez de se envolver diretamente no conflito com Israel. Para mais detalhes, podes consultar aqui sobre questões semelhantes que envolvem divisões internas e decisões de retirada estratégica.

Qual é o papel da FINUL no Líbano?

A FINUL, ou Força Interina das Nações Unidas no Líbano, tem como missão essencial assegurar a paz e a estabilidade na região.

Criada em 1978, a FINUL ganha especial relevância após os conflitos que envolvem Israel e o Hezbollah. A sua principal função é monitorizar o cessar-fogo e ajudar o governo libanês a restabelecer a autoridade na área.

A Resolução 1701 da ONU, adotada em 2006, é um marco importante para a FINUL. Esta resolução apela ao desarmamento de todos os grupos armados no Líbano, com especial enfoque no Hezbollah. A FINUL, ao apoiar as capacidades de dissuasão do exército libanês, ajuda a evitar uma escalada do conflito.

Além disso, a presença da FINUL proporciona uma camada adicional de segurança, diminuindo a pressão sobre o exército libanês para intervir diretamente. Desta forma, a FINUL desempenha um papel crucial na manutenção da estabilidade e na prevenção de novos confrontos.

O que aconteceu durante a ação israelita de 2006?

Durante a ofensiva israelita de 2006, o exército libanês optou por evitar confrontos diretos com as forças israelitas. O conflito, que inicialmente se centrou no sul do Líbano, viu o exército adotar uma postura defensiva para evitar a escalada.

O bombardeamento israelita atingiu várias infraestruturas, incluindo bases militares libanesas. No entanto, o exército libanês decidiu não retaliar, mantendo-se à margem do conflito. Esta atitude teve como objetivo prevenir uma destruição ainda maior e evitar um confronto que poderia destabilizar ainda mais o país.

A decisão de abstinência do exército libanês teve várias consequências. Por um lado, ajudou a preservar a integridade das suas forças e evitar mais baixas civis. Por outro lado, foi criticada por alguns setores que viram nela uma falta de assertividade na proteção do território nacional.

Para entender melhor o contexto do conflito Israel-Hezbollah, é essencial considerar os vários fatores geopolíticos envolvidos e a complexidade da situação militar e política no Líbano. Para mais pormenores sobre a tensão na região durante esses anos, consulta este artigo relevante.

Quais são os possíveis cenários futuros?

  • Retirada Estratégica: O exército libanês pode optar por retirar-se estrategicamente em confrontos diretos com Israel, deixando zonas como o Vale de Beká expostas.

  • Reforço das Unidades: Uma opção mais improvável seria o aumento das unidades militares para desenvolver um papel de dissuasão, sem necessariamente apoiar Israel na luta contra o Hezbollah.

  • Neutralidade Contínua: O Líbano pode continuar a manter uma posição de neutralidade, evitando envolvimento direto para prevenir uma escalada do conflito interno.

  • Colaboração com a FINUL: A cooperação com as forças da Força Interina das Nações Unidas no Líbano pode ser intensificada para manter a paz e a estabilidade na região, conforme estipulado pela Resolução 1701 da ONU.

  • Desarmamento de Grupos Armados: Outra hipótese envolve esforços mais sólidos para desarmar grupos armados como o Hezbollah, embora isso possa acirrar divisões internas.

  • Escalada de Conflito: Existe ainda o risco de uma escalada do conflito que levaria a um confronto direto entre o exército do Líbano e os grupos armados, algo que todos os atores tentam evitar.

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