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Climatologista alerta para risco de inundações extremas mais frequentes

Descobre como o aquecimento global está a intensificar as inundações na Europa Central e o que isso significa para o futuro.

Euronews em PortuguêsEuronews em PortuguêsSeptember 24, 2024

This article was AI-generated based on this episode

O que são inundações extremas e como são causadas?

Inundações extremas ocorrem quando há um volume excessivo de água, muitas vezes devido a chuvas intensas, que os sistemas naturais ou artificiais não conseguem absorver ou desviar. Estas situações levam frequentemente ao transbordo de rios, riachos e sistemas de esgoto, inundando áreas urbanas e rurais.

Naturalmente, as inundações podem ser causadas por fenómenos meteorológicos como tempestades intensas, furacões e derretimento rápido de neve. Contudo, a intervenção humana agravou significativamente estas situações. Os especialistas em mudanças climáticas, como Marc Olefs, alertam para a crescente influência das emissões de gases de efeito estufa. Estes gases aumentam a temperatura global, permitindo que a atmosfera retenha mais vapor de água, o que resulta em episódios de precipitação mais intensos e frequentes.

De acordo com análises recentes, fenómenos que aconteciam de 100 em 100 anos, devido às mudanças climáticas, ocorrem agora mais frequentemente. A emissão contínua de gases de efeito estufa é, portanto, uma das principais causas do aumento das inundações extremas em várias partes do mundo.

Qual é a relação entre o aquecimento global e as inundações?

O aquecimento global está a causar um aumento na temperatura média do planeta, o que permite à atmosfera reter mais vapor de água. Marc Olefs sublinha esta relação com precisão.

À medida que o ar aquece, a sua capacidade de conter vapor de água aumenta significativamente. Concretamente, por cada grau Celsius de aquecimento, a atmosfera pode reter aproximadamente 7% mais vapor de água. Esta maior concentração de vapor resulta em chuvas mais intensas e frequentes. Quando as massas de ar saturadas de vapor de água encontram condições propícias, como frentes frias ou áreas de baixa pressão, descarregam grandes volumes de precipitação num curto período de tempo.

Este fenómeno não só provoca chuvas torrenciais, mas também agrava as inundações extremas. Comunidades já vulneráveis enfrentam assim episódios mais frequentes e severos de desastres naturais. Por exemplo, as recentes inundações na Europa Central resultaram em devastação significativa de infraestruturas e perdas de vidas. Portanto, o impacto das emissões de gases de efeito estufa, que provocam o aquecimento global, tem uma ligação directa e perigosa com a crescente ocorrência de inundações extremas.

Quais foram os impactos recentes das inundações na Europa Central?

Nos últimos tempos, a Europa Central assistiu a inundações devastadoras. Tempestades intensas, como ocorreu com a tempestade Boris, causaram destruição significativa.

Estruturas foram destruídas, incluindo casas e infraestruturas públicas. Além disso, o número de vítimas mortais foi assustador, com mais de 20 pessoas a perder a vida em apenas uma semana. No sudeste da região, a perda de vidas foi superior à média anual, sublinhando a gravidade do evento.

Especialistas como Marc Olefs alertam que o aumento da temperatura global intensifica estas tempestades. O calor adicional permite que a atmosfera contenha mais vapor de água, resultando em chuvas mais fortes e inundações severas.

A Comissão Europeia mobilizou 10 milhões de euros para ajudar os estados afetados. Esta ação demonstra a urgência de lidar com os desastres climáticos e apoiar as comunidades atingidas.

Como as temperaturas pré-industriais se comparam com as atuais?

As temperaturas atuais são significativamente mais altas do que as da era pré-industrial. Antes da revolução industrial, a Terra estava em equilíbrio climático, mas as emissões de gases de efeito estufa alteraram esse balanço.

Segundo Marc Olefs, a temperatura média do planeta aumentou entre 2 a 3 graus Celsius. Este aumento parece pequeno, mas tem um enorme impacto climático. Cada grau adicional permite que a atmosfera retenha cerca de 7% mais vapor de água. Isto intensifica as chuvas e as inundações extremas.

A comparação com temperaturas pré-industriais é crucial. Ela mostra a extensão dos efeitos humanos no clima, sublinhando a importância de reduzir as emissões rapidamente. Iniciativas como as medidas mitigadoras da União Europeia são essenciais para enfrentar os desafios climáticos.

Que medidas estão a ser tomadas para mitigar os danos das inundações?

Para mitigar os danos das inundações extremas, várias ações estão a ser implementadas, nomeadamente:

  • A União Europeia mobilizou 10 milhões de euros para apoiar os países da Europa Central afetados pelas recentes inundações.

  • Utilização do Fundo de Solidariedade da União Europeia (FSUE) para reconstruir infraestruturas danificadas.

  • Financiamento a 100% de projetos de reconstrução, sem necessidade de cofinanciamento pelos países beneficiários, facilitando assim a resposta eficaz a desastres.

  • Mobilização do Fundo de Coesão para suportar as regiões mais atingidas, garantindo uma recuperação mais rápida e estruturada.

  • Envio imediato de apoio para operações de emergência, como limpeza de destroços, resgates e fornecimento de alojamento temporário e serviços de emergência.

  • Reforço das capacidades nacionais através de ações coordenadas com os governos de Polónia, Áustria, Chequia e Eslováquia, promovendo uma resposta eficaz e eficiente aos desastres naturais.

Para mais informações sobre como as entidades locais estão a gerir recursos para projetos de defesa contra inundações, podes consultar aqui.

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