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Descubra os perigos dos 'químicos eternos' presentes em todo o lado, desde roupas impermeáveis a dispositivos médicos, e as medidas propostas para restringir o seu uso na União Europeia.
Euronews em PortuguêsOctober 18, 2024This article was AI-generated based on this episode
Os PFAS, ou substâncias per e polifluoroalquil, constituem um vasto grupo de químicos sintéticos. Englobam milhares de compostos distintos, muitos dos quais utilizados numa variedade de produtos do quotidiano.
Estes químicos são amplamente apreciados pelas suas características únicas: resistência elevada e eficácia em repelir água, gordura e óleo. No entanto, estas mesmas propriedades tornam-nos preocupantes porque não se decompõem naturalmente no ambiente, daí o epíteto "químicos eternos".
A sua presença não se limita apenas a produtos como casacos de chuva ou caixas de pizza. Está também no solo, na água e até no organismo humano. Os perigos dos químicos PFAS são amplamente reconhecidos devido à sua durabilidade e potencial para contaminarem amplamente o meio ambiente e a saúde pública.
Para compreender melhor os impactos ambientais dos PFAS, é possível comparar a situação com a dos microplásticos no Rio Danúbio, onde estas substâncias também ameaçam ecossistemas. Assim, enquanto os PFAS continuam em uso, o seu legado ambiental pode persistir durante milhares de anos.
Os PFAS têm levantado preocupações significativas para a saúde humana e o ambiente.
Estudos apontam para a sua associação com várias doenças.
A presença dos PFAS estende-se ao solo e à água.
A regulação de PFAS na Europa está a ganhar atenção. Contudo, ainda se aguarda um consenso geral para restrições mais amplas, destacando a urgência dos perigos dos químicos PFAS. O impacto ambiental dos PFAS é persistente, uma vez que não se degradam facilmente, permanecendo ativos no ecossistema durante décadas.
A regulação de PFAS na Europa está a emergir como uma questão urgente e complexa. Cinco países europeus – Alemanha, Países Baixos, Suécia, Dinamarca e Noruega – apresentaram uma proposta para restringir o uso destes químicos. Esta proposta encontra-se atualmente sob avaliação pela Agência Europeia dos Produtos Químicos (ECHA).
"Eles propuseram uma proibição com derrogações específicas de uso e com prazos limitados." – Representante da Agência Europeia dos Produtos Químicos.
Essas derrogações contemplam situações em que ainda não existem alternativas adequadas ou disponíveis para substituir os PFAS, ou onde o impacto social seria significativo. Por exemplo, para dispositivos médicos implantáveis, prevê-se um período de transição de 12 anos.
A decisão final cabe à Comissão Europeia e aos estados membros, podendo representar um marco na regulação de químicos na União Europeia. Este movimento é importante pois abordaria todo o conjunto de substâncias PFAS, evitando que indústrias as substituam por compostos semelhantes.
Em França, a presença de PFAS tem gerado alarme, especialmente na região de Lyon, conhecida como o Vale Químico. Este local alberga gigantes da indústria química, onde preocupantes níveis destas substâncias foram encontrados. Comunidades como Pierre-Bénit são gravemente afetadas.
Thierry, um residente de longa data, foi alertado sobre os PFAS em 2021. Desde então, lidera um grupo de cidadãos para aumentar a conscientização sobre o impacto ambiental dos PFAS. A incerteza sobre a segurança dos produtos agrícolas locais é crescente.
"Analisámos e há dúvidas sobre o consumo seguro de vegetais locais," indica um morador.
As ações legais não tardaram. Entidades locais processaram empresas como a Arkema, acusada de liberar quantidades massivas de químicos eternos no meio ambiente. Juntamente com as preocupações locais, há um apelo urgente à regulação de PFAS na Europa para proteger a saúde pública e o ambiente.
A procura por alternativas aos PFAS é crucial devido aos perigos dos químicos PFAS para o ambiente e saúde. No entanto, substituir estes químicos nem sempre é simples.
Produtos de base biológica: São promissores em algumas áreas. Materiais derivados de plantas e resíduos agrícolas começam a emergir como substituições viáveis para certas aplicações de PFAS.
Nanotecnologia: Esta tecnologia oferece soluções inovadoras, especialmente em revestimentos e tratamentos de superfícies. Porém, ainda enfrenta desafios em termos de custos de produção e escalabilidade.
Tecnologias de purificação: Há investimentos em métodos avançados para remover os PFAS da água, como a filtração através de carvão ativado ou adsorbentes avançados. Embora eficazes, são dispendiosos e ainda não acessíveis para todas as comunidades.
A regulação de PFAS na Europa incentiva a investigação de novos materiais. Contudo, alcançar alternativas funcionais e sustentáveis requer tempo e investimento. Na indústria, os desafios continuam, especialmente em setores onde os PFAS são essenciais, como o fabrico de semicondutores. A transição exige colaboração entre cientistas, indústrias e governos.
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